Uniforme TUOD
Sabemos que na atual sociedade, com valores deturpados ou invertidos, é comum as pessoas avaliarem umas as outras, não pelo grau de espiritualidade, moral, caráter e boas ações, mas sim pelo que se apresenta a nível de posses.
Dentro deste contexto, é corriqueiro, embora extremamente falho, valorizar ou conceituar os habitantes deste planeta tendo como base a apresentação pessoal externa do indivíduo, ao invés de se atentar para qualificativos internos. Prioriza-se bens materiais em detrimento das virtudes.
E é justamente por isto que a TUOD adotou o vestuário uniforme (branco para os cultos de umbanda e vermelho preto para os cultos de quimbanda), para que muitos consulentes e visitantes ainda enraizados em equivocados conceitos não tenham como dar vazão a seus distorcidos juízos de valor.
Nosso desejo é de que, quem aqui chegar, jamais tenha a possibilidade de identificar no corpo mediúnico, já que todos usam trajes iguais, eventuais ou supostas diferenças intelectuais, culturais e sociais.
Não terá a oportunidade de saber se por trás daquele uniforme encontra-se um rico empresário, um camelô ou uma empregada doméstica.
Porque ainda há (infelizmente) quem vincule a eficácia de um socorro espiritual tomando por parâmetro o próprio médium através do qual a entidade se manifesta.
Se o médium atuasse nos giras e cultos com trajes civis (comuns), as pessoas que pensam da forma retorcida passariam a tentar analisar o grau de intelectualidade, de situação financeira, social etc., pela qualidade do vestuário apresentado pelos médiuns.
Então, sacerdotes usando calçados finos, camisas e calças de marcas famosas, seriam facilmente identificados e preferencialmente procurados. Outros tantos, humildes na sua apresentação, seriam colocados em segundo plano, pena que ainda em muitas casas essas diferenças ainda sejam vaidosamente cultivadas por sacerdotes que buscam notoriedade ao invés de luz…
Observem em reuniões de outros segmentos religiosos que criticam a umbanda, o que acontece durante aqueles eventos, desfile de roupas de grifes, ternos arrojados, calçados importados, em verdadeira hemorragia de vaidade e autoafirmação.
Estes que assim se compõem geralmente são o centro das atenções e admirações, enquanto aqueles que não têm condições de se apresentar melhor amargam a indiferença, a repulsa e o ostracismo.
Em nosso terreiro isto não acontece, porque mesmo aquele que se apresenta em trajes suntuosos, terá que necessariamente substituí-lo por um uniforme padrão, igual á todos, uniforme este igual ao que é utilizado por um trabalhador braçal, por um gari, por um advogado ou dona-de-casa, durante as sessões de terreiro.
Na umbanda, sopro divino que á todos oxigena, o personalismo ou destaque individual é algo que jamais deverá existir.
Somos meros veículos de manifestação da espiritualidade superior, e por isto, devemos sempre nos mostrar coletivamente, sem identificações pessoais ou rótulos.
Somos elos iguais de mesma força e importância neste campo de amor e caridade nominado Umbanda.
Os que se expressam contra o uso de uniformes dentro dos terreiros umbandistas, são aqueles mesmos que, não tendo conhecimento sobre a ação nefasta de certos fluido etéreo-astrais sobre a matéria, estando em lugares ou com pessoas portadoras de magnetismo inferior, ao chegarem nos centros para darem passes, sem tomarem banho ou trocarem de roupa, esta impregnada de cargas fluídico-magnéticas densamente negativas, que por conseguinte interferem no campo áurico e perispiritual dos médiuns, simplesmente acabam pela imposição ou dinamização das mãos passando ao assistente/consulente toda ou parte daquela energia inferior que carregam.
Nós da TUOD aconselhamos aos detratores da umbanda um pouco mais de estudo, respeito e humildade, pois que a utilização dos uniformes em nossa liturgia tem fundamento, tem um porquê.