Engajados no processo do desenvolvimento espiritual em total harmonia com a natureza, a TUOD estruturou totalmente sua liturgia com base nos fundamentos umbandistas, não se permitindo mescla com nenhuma outra variante.
A TUOD entende que a cultura afro-ameríndia-brasileira, mais que um simples conjunto de manifestações folclóricas e contextos, é uma proposta pura e espontânea de reflexão e interação com a totalidade.
A linguagem utilizada a partir das línguas africanas e da lingua tupi-guarani, observada nos rituais e publicações e postagens da TUOD, representa o respeito histórico de nosso terreiro ao período sombrio da escravidão; período este que se prolongou por vários séculos e forjou, nas peles negra e vermelha, os símbolos da umbanda.
Para efeito de estudos, a TUOD define a umbanda como filosofia, ciência oculta, arte e religião, com a finalidade de coordenar o fenômeno da comunicação entre os planos material e imaterial da existência, através do desenvolvimento da percepção mediúnica ativa ou latente em todos os seres vivos.
Na umbanda, apesar das bases filosóficas serem as mesmas, os fundamentos ritualísticos sofrem variações de casa para casa e isso, muitas vezes, gera distorções que podem resultar em interpretações contraditórias entre os princípios essenciais e os rituais praticados.
A liberdade de expressão religiosa, associada às diferentes formações sócio-culturais dos dirigentes de terreiros umbandistas, colaborou para a formação de grupos com tendências distintas.
Foram criados termos diferenciados para definir e justificar os diferentes métodos, apareceram assim a umbanda branca, a umbanda de mesa, a umbanda Esotérica, a umbanda popular, a umbanda de nação, etc.
São apenas alguns exemplos que caracterizam diferentes modalidades ritualísticas e doutrinárias, visando todas elas atingir os mesmos objetivos.
Apesar de não comungar com a idéia de adjetivar uma tradição, fragmentando-a, a posição da TUOD, em relação a essa pluralidade de modalidades de umbanda, é de total respeito,