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Alguns Fatos Sobre a Umbanda

Bom dia povo de umbanda!
A Umbanda é uma religião que possui como objetivo promover o desenvolvimento mediúnico e o atendimento aos necessitados. (casas engajadas com estas causas)
Trata-se de uma tarefa que exige muita responsabilidade e dedicação por parte de seus integrantes e membros.
O terreiro de umbanda é um espaço sagrado e deve ser respeitado como tal por todos aqueles que nele adentrarem, mesmo consulentes e visitantes, e claro, esse respeito se exige e se espera principalmente do corpo mediúnico do próprio terreiro.
Apesar do toque dos atabaques e batidas de palmas, a sessão de umbanda não pode ser considerada uma “festa”.
O Médium deve estar concentrado e focado em sua missão, permitindo que suas entidades possam se manifestar e cumprir a missão à que foram designadas dentro dos preceitos e costumes de sua casa.
O respeito e a concentração devem existir em todas as sessões, independentemente da linha ou falange que será trabalhada.
Muitas pessoas acreditam que pelo fato de linhas com a de baianos, crianças, marinheiros, etc., trazerem alegria e um comportamento mais descontraído que de outras entidades, não precisam dedicar o mesmo respeito e concentração que é destinada as linhas tidas como sérias, como por exemplo, a de caboclos e pretos velhos.
Trata-se de um erro comum, porém grave.
Todas as linhas merecem o mesmo respeito e a mesma concentração do médium, pois todas elas são manifestadas por espíritos de luz, que vêm de Aruanda prestar auxílio a todos os necessitados, inclusive ao próprio médium.
Na Umbanda, o médium é o elo de uma corrente, a qual deve estar em perfeita sintonia.
Se um dos elos está fraco e desconcentrado, toda a corrente sofrerá as consequências e o trabalho fica mais “pesado” e vulnerável a manifestação de “kiumbas”.
Por tal razão, o médium ao adentrar ao terreiro, deve se preocupar unicamente com seu progresso espiritual e deixar para o lado de fora todo e qualquer assunto ou comentário estranho ao seu desenvolvimento.
Além disso, para um bom andamento dos trabalhos e giras, o médium deve evitar:
– conversas paralelas durante a sessão;
– risadas e brincadeiras;
– cruzar os braços e encostar-se a parede;
– saídas desnecessárias e exageradas (cozinha, banheiro, etc.);
– desconcentrar o irmão que está ao lado;
Entre outras atitudes que geram desconcentração e acabam por atrapalhar o seu progresso e o progresso de toda a casa.
O médium umbandista, deve ainda ter muito cuidado com a vaidade, orgulho e a pressa.
São vícios que o afastam da verdadeira missão e impedem o progresso espiritual.
A vaidade e o orgulho fazem com que o médium se sinta o melhor médium existente dentro da casa e acredita que apenas suas entidades são capazes de resolver este ou aquele problema; questiona ensinamentos superiores; não valoriza o que as outras entidades e chefes da casa ensinam; usa aparatos desnecessários e chamativos, apenas para satisfazer seu próprio ego, entre outras coisas.
A pressa faz com que o médium queira “se formar” , já força seus guias que ainda estão em aproximação, riscar pontos, usar bengalas, copos,taças, bicos (no caso da linha de criança), etc.
O médium deve entender que a mediunidade é algo a ser trabalhada á longo prazo e não em poucos meses.
A pressa faz com que a entidade fique “engessada”, ou até se afaste, pois o médium está atendendo suas próprias vontades e não a vontade do guia.
Por isso, o médium deve ser paciente e deixar que seu desenvolvimento ocorra naturalmente, pois, nenhuma entidade gostaria de usar um “aparelho” com vícios, pois sua missão não seria alcançada.
O desenvolvimento mediúnico é a preparação do médium para começar a cumprir seus objetivos espirituais, e ao contrário do que muitos pensam, ela não se encerra com a coroação, na verdade, após a coroação é que a batalha começa de verdade, pois, analogicamente, o soldado deixa de ser um mero aprendiz e assume o fronte, como sempre é lembrado aqui na TUOD..
Desse modo, nós, médiuns umbandistas, devemos procurar nos livrar de todos os vícios que maculam nosso progresso espiritual, a fim de colaborar com o bom andamento das sessões, buscando nossa evolução e evolução de nosso terreiro, para que ele seja repleto de luz e harmonia, evitando ser o autor de atos e atitudes que gerem desconcentração e que desvirtue os objetivos reais de cada sessão.
Só assim, poderemos, de fato, ajudar a nós mesmos e aqueles que procuram o nosso auxílio.
Pensem nisso, a umbanda precisa de nós e não podemos decepcioná-la!